Nossa história começa
no dia 30 de junho de 1908, e ocorre em dois lugares distantes um do outro, mas
que ficarão para sempre ligados por conta de um grandioso evento: A Explosão de
Tunguska.
Nos Estados Unidos,
Nikola Tesla, o Croata gênio da eletricidade, testava seu invento conhecido
como “Raio da Morte”. Naquela época, Robert Peary estava fazendo sua segunda
tentativa de chegar ao polo norte. Por meio de um telegrama, Tesla notificou a
expedição que ele estaria tentando entrar em contato com eles de alguma forma,
e eles deveriam relatar qualquer coisa incomum que eles observassem. No dia 30
de junho, acompanhado por seu associado, George Scherff, na torre de
Wardenclyffe, Tesla apontou seu raio através do atlântico, para o ártico, em um
ponto calculado onde deveria estar localizada a expedição de Peary.
Tesla,
então, ligou o equipamento.
De
início, era difícil dizer se ele estava ou não funcionando. Sua extremidade
emitiu uma luz pálida, dificilmente notável. Então, uma coruja voou de seu
ninho no topo da torre, na direção do raio, e foi desintegrada
instantaneamente. Isso concluiu o teste. Tesla observou os jornais e enviou
telegramas para Peary na esperança de confirmar a efetividade do raio da morte.
Nada apareceu.
Do outro lado do mundo,
ao mesmo tempo em que Tesla testa seu raio, uma explosão ocorreu no céu da
Sibéria e os moradores da remota região do lago Tunguska puderam observar uma
gigantesca de bola de fogo no céu que, alguns minutos depois, resultaram no
maior impacto já registrado na história do planeta.
Com uma energia
estimada em 15 megatons de TNT (mil vezes mais do que a bomba atômica de
Hiroshima), estima-se que a explosão tenha devastado uma área de mais de 2000
quilômetros quadrados e causado um terremoto que atingiu cinco graus na Escala
Richter.
Obviamente, a onda de
choque derrubou várias pessoas e quebrou muitas janelas em um raio de centenas
de quilômetros, e não se limitando apenas à Rússia, foi possível observar uma
diminuição na transparência da atmosfera do mundo inteiro, fenômeno que ocorreu
por vários meses, causada pelo pó suspenso no ar.
Devido as crises
políticas ocorridas na Rússia, somente 19 anos depois, em 1927, a primeira
expedição foi enviada ao local para averiguar o caso. Os cientistas, através de
algumas análises de solo e substâncias, conseguiram deduzir (pelo menos é o que
se tornou público) que o impacto foi causado por um meteoro, no entanto, havia
um “pequeno” detalhe: não havia nenhuma cratera.
Com isso, a versão mais
aceita em toda a comunidade científica foi a seguinte: houve mesmo a entrada de
um objeto gigante vindo do espaço, mas ele não atingiu o solo
e explodiu no céu, distante do chão em uma altura estimada entre seis e dez
quilômetros.
O que ninguém sabe é
que outro grupo de cientistas foi enviando para a região de Tunguska, assim que
as primeiras notícias do evento correram a Europa. Ela foi organizada pelo
Império Alemão, que neste momento estava profundamente desenvolvido e
interessado pelas pesquisas cientificas, recebendo mais prêmios Nobel em
ciência do que a Grã-Bretanha, França, Rússia e Estados Unidos juntos. Eles
recolheram milhares de amostras na região e as transportaram em segredo para
Berlim. E foi lá que, analisando as amostraram, eles fizeram uma descoberta que
mudaria o mundo para sempre.
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